Em diferentes graus, a maioria de nós anseia por ter intimidade com outro ser humano. No entanto, a intimidade com outro começa quando nos tornamos íntimos de nós mesmos.
Isso significa cultivar o hábito de olhar para dentro de si e reconhecer sua experiência interior.
Se você sofreu muitos traumas, talvez tenha desenvolvido a prática de buscar uma saída ou compensação (com comida, álcool ou drogas, por exemplo) para não lidar com o seu interior. No entanto, quando nos afastamos de nossas experiências, fica muito difícil ter um relacionamento íntimo conosco.
Para ter intimidade com si mesmo, você deve, primeiramente, se tornar um observador e identificar seus sentimentos – muitos deles, conflitantes. Após detectar o que está sentindo, você deve descobrir em que parte do seu corpo essas sensações se manifestam e aceitá-las – mesmo quando isso for muito difícil.
Porém, ao fazer essa avaliação, uma questão importante a observar é: o que você acredita que está acontecendo pode não ser a verdade. Não é só porque você se sente solidão, por exemplo, que você está sozinho.
Por outro lado, é preciso fazer uma avaliação honesta. Todos temos uma autoimagem de que somos pessoas amáveis, gentis e generosas e que não queremos prejudicar ninguém. No entanto, a verdade é que, às vezes, temos o desejo de mandar em alguém ou de querer toda a atenção para nós mesmos, por exemplo.
Se você ignorar essas partes, irá se sentir vazio e incompleto porque, apesar de buscarmos ser pessoas melhores, ainda temos alguns desses instintos dentro de nós. Ser inteiro exige aceitar todas as nossas partes e tudo que somos.
Ao fazer tudo isso, lembre-se: você só está preparado para criar intimidade emocional com os outros quando você desenvolve emocionalmente intimidade com si mesmo.