Acredito que, em todo relacionamento amoroso, existe uma tensão inerente entre a necessidade de intimidade e a necessidade de segurança.
Intimidade implica autenticidade e exige que você e seu parceiro revelem suas almas para que possam aprofundar o vínculo entre vocês.
Porém, por muitas vezes, essa verdade acaba se tornando inimiga da segurança. Com isso, muitos de nós a deixamos de lado em favor da estabilidade.
O problema de adotar esse caminho é que, em algum momento, acabamos revelando parte da nossa alma (um caso, um vício ou um segredo do passado, por exemplo) e, de uma hora para outra, a instabilidade toma conta da relação.
Uma vez comprometida a integridade, o relacionamento corre o risco de se tornar uma mentira e, a partir daí, sua vida se transforma uma farsa.
Os relacionamentos exigem muita dedicação. Não existe partes de nós que possamos manter em sigilo. Integridade, confiança e verdade são bases necessárias para a relação real e saudável que vocês desejam construir juntos.
Isso não significa que você deve abrir mão da sua individualidade e autonomia. Afinal, para ser feliz num relacionamento íntimo, é importante que mantenha uma parte sua em solitude.
Aprenda, portanto, a arte do equilíbrio entre revelar a sua alma e a honra de sua autonomia. Descubra como dançar entre verdade e tato, confissões e discrição, honestidade e bom senso.
E lembre-se das sábias palavras do autor Paulo Coelho: “Contar a verdade e fazer alguém chorar é melhor que mentir e fazer alguém sorrir”. Não deixe o seu desejo de segurança destruir o seu relacionamento.